Segue-nos
Olá treinadores,

Pokémon Sun e Moon está a caminho das nossas consolas, mas até agora, só havia especulação em torno destes novos títulos da série principal.

Pois agora é que a Pokémon Company decidiu começar a levantar o véu sobre os novos jogos que parecem cada vez mais que serão uma nova geração de Pokémon.

Junichi Masuda tinha prometido para hoje, novidades relativas a Sun e Moon nos canais de YouTube da Pokémon, e assim se cumpriu: um vídeo onde ficamos a saber as primeiras informações concretas dos jogos, para além dos nomes que terão.

Começamos pelos novos starters: Rowlet (Erva/Voador), Litten (Fogo) e Popplio (Água).

Rowlet (Erva/Voador)

Litten (Fogo)

Popplio (Água)

Estes novos Pokémon são os starters da região de Alola, o que faz lembrar a palavra "Aloha", uma expressão havaiana que significa "Olá" e "Adeus".
Se virem o trailer, percebem que a nova região é claramente inspirada no Havai.

O jogador parece vir de uma região diferente para a de Alola
Vista aérea de parte da região de Alola

Para além disto, ficamos a saber o aspecto dos Lendários da capa dos jogos.

Lendário Moon

Lendário Sun

Para terminar, o trailer mostra-nos a data de lançamento dos jogos, que será diferente, dependendo da zona do mundo em que se encontrarem.
Na Europa, o jogo chegará a 23 de Novembro de 2016, enquanto que dia 18 de Novembro é a data para o Japão e América.


Podem ver aqui o treiler em Português:


E se quiserem ver a versão Japonesa que mostra mais alguns detalhes do jogo, vejam aqui:


Fiquem atentos ao blog, vamos acompanhar todas as novidades!

Jikai made, minna!
Bom dia treinadores.
É altura de uma rápida actualização sobre os novos níveis de Pokémon Shuffle.


Começou a nova stage da Bellossom, dura até dia 17 de Maio.
A seguir, é o regresso da stage do Thundurus, também até dia 17.

Também regressou a competição do Mega Swampert.
Os melhores 15.000 scores a nível europeu recebem a Swampertite no Shuffle 3DS, enquanto os melhores 80.000 a nível global recebem a mega stone no Shuffle Mobile.
Também podes receber outros items, dependendo da tua classificação e se já tinhas a Swampertite.
Hoje entramos num registo diferente e, à medida que o Nacional se aproxima, farei um rol de entrevistas às pessoas determinantes da comunidade portuguesa de TCG para os ficarmos a conhecer um pouco melhor e podermos saber um pouco dos seus segredos, ambições e expetativas. Creio ser uma forma intimista de apresentar personalidades ao público em geral como um ice-breaker para mostrar sobretudo aos mais novos que a tarefa dos jogadores mais veteranos é, acima de tudo, passar o testemunho e providenciar uma plataforma de aprendizagem e amizade, unidos pela paixão ao jogo.

Com esse objetivo em mente, apresento-vos o primeiro entrevistado da série, Bernardo Dias, uma escolha que recai por ele ser uma das minhas principais influências enquanto jogador de TCG por via da sua linha de pensamento, carácter exemplar e excelência na expressão escrita e execução teórica. O seu artigo para o 60cards, com o título de Theory vs Practice, foi a peça decisiva que me fez continuar no TCG numa altura em que me sentia com muitas dúvidas e constitui-se como um artigo pouco ortodoxo mas muito necessário no que à abordagem e ao conteúdo diz respeito, algo que faz muita falta, até em artigos pagos, no panorama do TCG. Iniciamos então a troca de ideias:


Uma das criações icónicas de Soul, com o seu quê de cliché, escárnio e lampejo de génio.




PCB – Começa por falar um pouco de ti, uma espécie de autobiografia da tua vida até agora.
Soul - Olá, leitores do PCB! O meu nome é Bernardo ‘Soul’ Dias, tenho 20 anos, vivo em Sesimbra e também sou um jogador de Pokémon TCG. Comecei esta jornada há cerca de 8 anos e nunca olhei para trás. Fora das cartas, sou um estudante de Audiovisual e Multimédia, em Lisboa, e espero acabar o curso ainda este ano. Não sei o que me espera depois, mas largar este jogo não faz parte dos meus planos.

PCB – Como entraste no circuito competitivo do Pokémon TCG?
Soul - Foi uma transição engraçada. Eu já jogava Pokémon TCG com colegas desde a primária, mas só quando cheguei ao 7º ano é que soube, através de fóruns e blogs, que existiam torneios em Portugal, e o melhor é que descobri que a liga do Seixal, nessa altura, não ficava a mais de 5 minutos de casa dos meus avós! Com um colega, comecei a frequentar os torneios ainda como Sénior e fui fazendo amizades e evoluindo no jogo pouco a pouco.


PCB – De onde surgiu a tua alcunha?
Soul - Eu vivia relativamente longe de Lisboa, em Torres Vedras, e então grande parte do meu contacto com a comunidade era feita através de fóruns de Pokémon portugueses, que na altura também estavam na moda. Nesses fóruns o meu username era sempre ‘Soul’ e alguns dos jogadores começaram a tratar-me assim nos torneios também. A coisa pegou, e neste momento presumo que alguns nem saibam porque é que ainda me chamam isso! Mas é um pormenor engraçado e sempre o encarei com algum orgulho.


Shuppet é um dos Pokémon de eleição do Soul, figura marcante do seu playmat personalizado.


PCB – Qual o momento que consideras como o mais relevante na tua carreira?
Soul - É possível debater que ter conquistado o convite para o mundial, no ano passado, tenha sido um dos meus melhores feitos, mas também é verdade que nunca me tinha dedicado completamente a essa tarefa. No Europeu de 2014, senti um imenso prazer em estar presente nas top tables do torneio durante várias rondas, rodeado de nomes célebres do jogo, naquele que foi o meu primeiro torneio internacional. Acabei por fazer top e passar ao segundo dia e esse foi dos momentos mais marcantes para mim como jogador.


PCB – E a situação que te deixou mais frustrado?
Soul - Não sou de ficar muito frustrado quando as coisas correm menos bem pois sei que ao fim e ao cabo é tudo um jogo, mas em tantos anos já houve situações chatas. Tanto em 2010 como em 2013, fiz Top 4 no Nacional, ficando a uma vitória do convite para o mundial em ambas as situações, e apesar do bom resultado, é sempre uma vitória agridoce. Mas a altura em que fiquei mais frustrado foi no Europeu de 2015: Depois de testar um deck durante meses (Seismitoad EX com Manectric EX), acabei por optar por Yveltal para o torneio, o que me saiu caro; tive que enfrentar imensos decks de Fairy e Manectric, e o meu resultado abalou-me. Mais tarde vim a descobrir que um jogador usou a minha primeira escolha (Toad/Manectric) e fez Top 4 no torneio.

PCB – Conta-nos uma história engraçada que possas partilhar connosco.
Soul - Tal como as frustrações e os momentos gloriosos, também já se deram muitas situações engraçadas na minha carreira, mas há uma que acabo sempre por contar: Em 2010, num States Championship em Lisboa, estava a jogar com Luxchomp com uma tech de Entei/Raikou Legend (ERL). O meu oponente e amigo, Jonatas Pires, usou um deck de Turbo Uxie, que utilizava imensos recursos para tentar o ‘donk’ no primeiro turno. Eu começo o jogo primeiro com um Garchomp C e um Bronzong G no banco, ligo uma energia de fogo ao Bronzong e passo. Ele tem um turno explosivo, usando vários Uxie e Crobat G, e acaba por dar KO no meu Garchomp ativo. No meu turno, avanço o Bronzong G, baixo o ERL, ligo uma energia de elétrico e movo a de fogo com o poké-power do Bronzong G para o ERL. Uso um poké-turn para retornar o Bronzong à mão, avançando o ERL e acabo o turno com o ataque do mesmo, ‘Thunder Fall’, que deu KO aos 6 pokémons do meu oponente em campo com apenas um ataque. Ambos nos rimos imenso e nunca vou esquecer essa jogada, desafio alguém a tirar os 6 prémios com mais rapidez que eu!


Facilmente das cartas mais bonitas já feitas. Bons tempos.


PCB – Quem consideras que seja uma inspiração para ti dentro da comunidade e porquê?
Soul - Os primeiros contactos que fiz na comunidade são hoje grandes amigos meus e muitos deles com sucesso até internacional. Talvez como inspiração principal sempre tenha tido o Gonçalo Ferreira, um jogador mais velho e que sempre demonstrou muita experiência no jogo, assim como paciência e interesse em ajudar os que querem evoluir na comunidade. Admiro acima de tudo a capacidade do Gonçalo de arquitetar planos para virar um jogo do nada, e é sem dúvida dos jogadores que me deixa mais nervoso ao enfrentar. Gosto de pensar que já sou um adversário à altura dele, mas sempre que jogamos há um clima de mestre e aprendiz que é nostálgico.


PCB – Qual é o aspeto que se deve ter mais em conta para se ser um bom jogador?
Soul - As qualidades dos jogadores variam muito com o estado do jogo, e neste momento a capacidade de avaliar e prever o meta é bastante relevante. Ainda assim, acho que ser-se capaz de estruturar um plano para cada jogo e levá-lo até ao fim é super importante, e é algo em que falho (por vezes esqueço-me de planos alternativos pois estou focado no objetivo principal do deck) bem como o conhecimento do jogo a todo o momento: que decks são bons, como funcionam, a que cartas recorrem e quantas de cada, que techs podem esconder ou não, etc. Tudo isto pode oferecer uma vantagem gigantesca para o jogador, ao ponto de prever jogadas do oponente com vários turnos de antecedência.

PCB – Faz uma breve análise do metagame atual.
Soul - Estou um pouco confuso sobre o meta atual, e ainda mais confuso com a saída da nova coleção Fates Collide. Considero Night March, Greninja, Yveltal, ToadTina e Vileplume as escolhas mais sólidas do momento mas tudo pode mudar consoante o que é jogado em cada torneio, dando liberdade a outros decks como Megas (Rayquaza, Manectric, Mewtwo), Straight Toad ou até Wailord de ter sucesso inesperadamente. De forma geral, acho que o metagame mudou bastante desde os últimos meses e que está agora numa situação em que os matchups são bastante relevantes para determinar o vencedor de cada jogo.


PCB – Que deck tens gostado mais de jogar em Standard e porquê?
Soul - Já experimentei todos os decks que há para jogar neste formato e mais alguns, e embora há uns tempos me custasse admitir, penso que seja Night March. O deck é simplesmente demasiado consistente e tem resposta/forma de se preparar para quase todos os matchups, se o mesmo for bem jogado. De certa forma lembra-me de Luxchomp, que embora mecanicamente diferente, é igual na questão de conseguir vencer os maus matchups quando sabemos o que estamos a fazer. A adição de Puzzle of Time é crítica para eu jogar o baralho, a capacidade de interagir com cartas como Battle Compressor é demasiado interessante para me escapar.



Haverá mais estilo do que um 30HP causar 180 de dano com uma energia? Épico.




PCB – O que achas que serão as melhores jogadas para o Nacional?
Soul - Muito difícil de prever, para ser honesto, pois não experimentei nem vi resultados relevantes da nova coleção e o seu impacto no metagame. No entanto, acho que cada vez mais está assente a ideia de que um deck tem primeiro de vencer Night March para poder vingar. Isso permite que, no entanto, se existirem suficientes counters a NM, imensos decks inesperados poderão ter sucesso e surpreender, ou pelo menos estou a contar com isso. De qualquer forma, sinto que com a adição de N, Greninja pode ficar mais forte ainda e decks como Vileplume mais fracos.

PCB – Se tivesses de prever, quem crês que ficará no Top 8 este ano?
Soul - Acho que neste momento há uma competição saudável no jogo, e que o talento está bem distribuído pelos jogadores nacionais. Qualquer um tem hipótese para o top 8, mas é claro que, de jogadores que já tenham o seu convite e veteranos se espere uma performance destacada. Para falar em casos específicos, sinto que a dupla Filipe Cardoso e Bernardo Mocho se encontram muito fortes esta season, bem como o consistente Gonçalo Ferreira. Do Porto tenho que reconhecer o esforço acrescido de jogadores como David Ferreira, Telmo Pinto e Pedro Barbosa. Há sempre surpresas agradáveis como tu (Paulo Mimoso) ou João Joaquim, cujo mérito desta season deve ser reconhecido e considerado. Não quero deixar ninguém de fora pois temos qualidade para dar e vender, apenas sinto que esses jogadores se destacaram nesta season. Eu próprio me gostaria de ver no top 8, e é para isso que vou lutar.

PCB – Deixa uma mensagem para os leitores do Poké Center Blog.
Soul - Espero que tenham gostado de ficar a conhecer um pouco mais de mim e desta excelente comunidade que é a do Pokémon TCG em Portugal, e se estão intrigados com o jogo convido-vos a participar num torneio para poderem juntar-se à malta!
À medida que os últimos dias têm sido marcados pelo lançamento da nova expansão XY Fates Collide, assinala-se também o término da época de Regionais em Portugal, estando aberto o período de preparação para o grande evento do ano no país, o Campeonato Nacional, a realizar no dia 18 de Junho, em Lisboa. Irei posteriormente criar mais peças sobre os Nacionais a nível europeu para dar uma perspetiva do metagame (uma vez que o nosso será dos últimos na agenda) mas, por agora, deixo-vos o meu relatório sobre o Regional de Lisboa.

A contenda contou com 26 Masters, uma generosa parte dos quais eram de nacionalidade espanhola, representados pela equipa Pokémon TCG Extremadura, a região fronteiriça paredes-meias com o Alentejo, além dos já habituais elementos de Grande Lisboa e do Grande Porto. Se não estou enganado, creio que fui mesmo o único participante que não vinha proveniente de uma área metropolitana, o que preocupa bastante a nível de polarização dos jogadores e que veremos qual a sua influência efetiva no Nacional.

Foi, acima de tudo, uma competição renhida num ambiente que já se esperava de cortar à faca devido à necessidade de adquirir pontos para o Mundial por parte de muitos jogadores ainda. © Diogo Santos


O conteúdo do metagame apresentou-se bastante homogéneo e muito inflexível, muito por força dos últimos resultados dos Regionais e pela constituição dos próprios tiers, que não permitem muito espaço a quem queira arriscar em rogues, embora tenham havido de facto algumas surpresas no que diz respeito à composição de decks que fizeram Top 8, devido a uma variedade de fatores. O metacall foi predominante num torneio compacto e houve alguns jogadores a beneficiarem grandemente da sua jogada arriscada, tal como outros que ficaram de fora simplesmente por azar dos pairings, apesar da escolha de deck consistente e poderoso, o que mostra, mais uma vez, que melhor que ser um jogador tremendo a nível técnico, normalmente quem vence torneios é aquele que tem a habilidade mental de prever o metagame, e isso faz toda a diferença.

A minha escolha recaiu em Greninja BREAK, um deck que tem estado entre os melhores a nível de performance e pela falta de counters eficazes (os que há são severamente comprometidos pela presença de Night March), ganhando inclusivamente os outros dois Regionais do mês de Abril, em Sines e no Porto. Afigurava-se como uma escolha bastante segura capaz de garantir pelo menos 66% de vitórias necessárias para passar para o Top 8, que me bastava para assegurar o convite para o Mundial deste ano em São Francisco. De facto, consegui essa percentagem de vitórias, mas não o empate extra necessário para passar em frente. Foi aqui que os pairings fizeram a diferença e onde a estrelinha da sorte às vezes premeia jogadores que decidiram arriscar.
Greninja é um deck extremamente simples, mas com uma estratégia da qual eu não gosto muito: sendo eu um jogador típico de Seismitoad, abdicar do T1 setup e de controlar o jogo do oponente faz-me sempre bastante confusão, mas Greninja é demasiado bom para não se apostar. A grande fraqueza estrutural do deck é o seu setup muito lento (acompanhado ainda de um low count de Pokémon Básicos, que o tornam suscetível a múltiplos mulligans ou um donk de Latios-EX) que normalmente precisa entre 2 a 3 turnos para começar a distribuir KO’s, embora uma vez estejam 2 Greninja BREAK em campo sem restrições de ataque ou ability, o matchup torna-se incrivelmente favorável em qualquer circunstância. O problema restringe-se então em chegar até lá e na capacidade do oponente em responder o mais rápido possível ao setup, fazendo com que eu não chegue sequer ao primeiro Greninja BREAK, e nesse aspecto as melhores respostas são decks que conseguem chegar aos 130 de dano bastante facilmente ou de forma consistente (figurando na lista decks de erva como VespiPlume ou Sceptile e decks de turbo como Night March). A resposta que Greninja tem a estes decks é a inclusão de algumas unidades de Jirachi XY67 Promo, dedicada a ganhar tempo ou a incapacitar severamente estes decks que costumam apostar em special energy ou até a Seismitoad, cujo Quaking Punch pode ser uma ameaça no early-game juntamente com hand disruption/control. As outras forças de Greninja incluem a preservação de energias, free retreat cost, ability denial, prize denial, alto damage input, gestão de recursos, jogo direto e a característica mais determinante, snipe. Giant Water Shuriken é neste momento uma das melhores ability do jogo e pode facilmente decidir qualquer duelo. A presença de 2 Greninja BREAK é suficiente para causar 220 de dano num único turno com apenas 1 attachment e o discard de 2 energias da mão facilmente recicláveis com Fisherman. Um deck tão resiliente, de valor comprovado, era o que eu pensava bastar para me garantir o último conjunto de pontos.

Not this time, bro.


Terminei o torneio, ao fim de 5 rondas, com o registo de 3 vitórias e 2 derrotas, manifestamente insuficiente dada a posição final (11º lugar) e à minha própria expetativa. Mas, ao contrário do que aconteceu no Porto, onde fiz bubble por culpa minha apenas, em Lisboa admito ter sido vítima das circunstâncias que me impediram de chegar mais longe e o sentimento de derrota não foi tão ampliado. Vejamos então o que aconteceu.




Round 1: Joana Sá (Binder.dec) WW – 1-0-0

Inicio o percurso frente à Joana, que ainda sendo consideravelmente nova no jogo, não possui ainda muitas das cartas necessárias para construir um deck competitivo. Numa ronda repleta de byes, não posso dizer que o meu primeiro duelo tenha me dado muitos motivos para suar, embora a Joana tenha dado o seu máximo e chegou a focar-se no Raichu (um dos componentes do seu deck Water/Electric) para me dar KO's nos meus Frogadier; embora, não tendo draw engine nem forma de aceleração, era apenas uma questão de tempo até o poderio de Greninja se evidenciar, o que acabou por acontecer, com um segundo game ainda mais rapidamente decidido devido aos problemas de draw da oponente. Saúdo, no entanto, a resiliência de qualquer jogador novo ao jogo e tento sempre, nestas ocasiões, dar um pouco de força a quem está do outro lado porque são os novos jogadores que dão combustível à comunidade e ao jogo em si e também porque até há muito pouco tempo era eu quem estava do outro lado da barricada. Gosto desse tipo de histórias de sucesso e desejo que a Joana tome interesse suficiente pelo jogo para desenvolver as suas capacidades e investir em cartas melhores.


Round 2: Oscar Batalha (Cancro Sceptile) LL - 1-1-0

O Oscar jogou ao meu lado na ronda anterior pelo que tive oportunidade de ver o que ele estava a jogar -- e era o inimigo mais temido de Greninja: M Sceptile Turbo, um deck extremamente poderoso com a inclusão de Revitalizer, que com o atual suporte de Grass (Forest of Giant Plants e Ariados, juntamente com staples como Battle Compressor, Shaymin-EX, Mega Turbo, Super Scoop Up, etc.) tornam o deck uma força temível, cujos pontos fracos são decks de fogo, bem como Night March, Mewtwo Damage Swap e Giratina-EX (se o jogador de Sceptile for inteligente, contorna este último facilmente). Quando vi os pairings para o Round 2, pus imediatamente as mãos à cabeça e amaldiçoei a minha sorte; o Oscar era o único jogador, de entre tantos com 3 pontos, que tinha esse deck. Sabia que era um auto-loss e que nem valia a pena tentar, mas joguei na mesma. Não consegui montar um único Greninja devido à velocidade do deck e à facilidade em dar-me OHKO's. E mesmo que conseguisse fazer setup, não o conseguiria atingir com Giant Water Shurikens devido à Ancient Trait do M Sceptile-EX. O jogo acabou bastante rápido e a minha margem de erro tornou-se zero. Não fiquei muito chateado porque admiti o auto-loss e estas coisas acontecem, mas dói um bocadinho sabendo que as hipóteses de algo assim se suceder são quase nulas e ocorrem logo nesse momento crítico.


Round 3: Francisco Silva (Night March) WW - 2-1-0

Night March é um matchup favorável para Greninja, mas o que venceu este duelo foi, sem dúvida nenhuma, a minha maior experiência (algo irónico) enquanto jogador e também enquanto maior de idade, visto que ele era Senior. Em ambos os games ele começou sempre com upper hand (não é difícil devido à aceleração típica de NM) mas misplays frequentes, incluindo usar um Ultra Ball para Shaymin-EX enquanto estava um Silent Lab em campo, dificultaram-lhe a tarefa que, de qualquer forma, para ele estava garantidamente ganha. Fui dando bait progressivo, em forma de Jirachi ou de lone Froakies, para colocar os Greninja em campo e limpar o board com snipes, ao qual ele não conseguiria depois encontrar resposta, ou, se ele de facto a tinha, eu teria a certeza que a minha jogada tinha continuação pelo menos nos dois turnos seguintes, contribuindo para isso o facto de eu conhecer Night March como a palma da minha mão. É sempre inglório jogar contra jogadores de divisões diferentes, mas o Francisco deu bastante luta e fez mostrar que com tempo ele pode vir a tornar-se um bom jogador entre os Masters.


Round 4: David Ferreira (Seismitoad/Bats) LL - 2-2-0

Tinha a perfeita noção de que este desafio era fulcral para as minhas aspirações para o Top Cut, e que apenas uma vitória me bastaria para garantir o Mundial, pelo que tinha de me apresentar em boas condições para conseguir levar a melhor o David, Campeão Nacional em título, que estava com um deck que julgava eu ser um easy matchup -- não podia estar mais enganado.
Jirachi viria a ser inútil porque ao David bastava-lhe dar power up ao Sapo com energias de água, e assim que eu colocasse em campo o meu primeiro Greninja, começariam a chover Grenade Hammers, que coadjuvados com o damage counter placement dos morcegos, davam-me hipóteses nulas de ripostar, mesmo com items disponíveis, porque ele tinha prize denial disponível e eu não tinha forma de recuperar e evoluir as minhas linhas mais rapidamente que ele as conseguia eliminar. O David sabia perfeitamente o que fazer neste matchup e eu admiti logo que não estava preparado para enfrentar Toad/Bats - escolha pouco ortodoxa dadas as circunstâncias, até - mas cuja aposta revelou-se frutífera para ele, conquistando assim o Top e o convite para o Mundial. Ele havia-me dito que era horrível vencer daquela maneira: graças a esta derrota, passei a ser o único dos elegíveis para ir ao Mundial neste Regional que não havia chegado a Top Cut, e o facto de ter calhado eu nos pairings em vez de outro jogador dificultou-me as contas e a obrigar-me a pontuar no Nacional, mas a competição é assim e o meu mindset passa pela obrigatoriedade de ter uma boa prestação no Nacional na mesma, senão não merecia de forma nenhuma a integração nesse grupo de jogadores de topo. Dei-lhe os parabéns e seguimos à nossa vida, no heart feelings.


Round 5: Roberto Hermoso (M Gyarados/Palkia/Golduck BREAK) W - 3-2-0

Acabei a minha participação ao enfrentar um dos elementos da comitiva extremadurenha que também já estava eliminado à partida. O Roberto veio com um deck interessante mas algo inconsistente de WaterBox, que incluía toda a espécie de water-types de utilidade variada, embora sem objetivo definido de deck, e portanto algo deficitário a nível estrutural, algo visto no game 1 onde, com um lone Gyarados a flipar tails no primeiro ataque, tive mais que tempo para garantir a vitória no meu setup montado. No game 2 ele já teve acesso a mais trainers, e com isso acesso a M Gyarados, Palkia, Manaphy e Golduck BREAK, algo que não consegui prevenir atempadamente devido a maus draws, um problema algo frequente também em Greninja. Gyarados tinha já força suficiente para me fazer KO's, apoiado pelas abilities de Golduck e Manaphy, então, com pouco tempo restante, dei stall no Gyarados básico dele, sem energias, e spammei Shadow Stitching (Gyarados tem 4 de retreat cost...) até acabar o tempo.



O Top Cut foi constituído desta forma:

Top 8: Beatriz (Mewtwo/Wobbuffet/Bats)
Top 8: Bernardo Mocho (Greninja)
Top 8: David Ferreira (Toad/Bats)
Top 8: Borja Carmona (Manectric/Toad/Jolteon)
Top 4: Oscar Batalha (Cancro Sceptile)
Top 4: Paulo Silva (Vespiquen/Zoroark)
Finalista: Gonçalo Ferreira (M Manectric/Toad)
Vencedor: "Chino" (Vespiquen/Vileplume)




O game 3 foi decidido em apenas um turno por parte do espanhol, num vídeo onde eu claramente ponho a nu as minhas competências orais de Portunhol. © Diogo Santos




O torneio contou com alguns decks que não tiveram representatividade no Top (incluindo uma das escolhas mais populares, Night March) ou cuja presença foi limitada, como Greninja, Toad variants ou VespiPlume, e o que parece aparente é a renovada aposta em Manectric e a força vibrante que Vespiquen continua a ter. Como o metagame se desenrolará a partir de Fates Collide é ainda uma incógnita, mas cá estarei para estar atento a estas motivações e informar-vos de tudo. Parabéns aos que fizeram Top Cut e também a todos os participantes, que é graças a estes todos que a comunidade sobrevive e o jogo cresce. Que tenhamos todos força para renovar o interesse nesta modalidade tão bonita.

Bom dia Treinadores.
É altura de mais uma análise episódica de Pokémon XY&Z.


Neste episódio, Bonnie tem um sonho em que Citron finalmente arranja uma noiva...o que parece confirmar-se quando o grupo conhece Lilia! Mas longe de estar feliz, Bonnie sente inveja em partilhar o irmão.

Não é o no entanto o único romance, mais uma vez temos um pokémon apaixonado pelo Bunnelby de Citron...desta vez é a Buneary de Lilia. E mais uma vez, Chespin e Pancham tentam em vão impressionar Buneary...

Nota Final: 7/10 - Episódio filler mas com alguns momentos hilariantes, como a mímica do Dedenne.




Próximo episódio: Serena Becomes Ash! The Ultimate Pikachu Showdown!!